Atualizada às 19h30min FONTE: Jornal do Comércio
Fernanda Crancio
Em uma articulação comandada por estudantes brasileiros impossibilitados de entrar nos Estados Unidos (EUA) ao longo da pandemia, o País foi incluído, nesta semana, entre os beneficiados pelo regime de Exceções de Interesse Nacional americano (NIE, na sigla em inglês). Com isso, mais de 5 mil acadêmicos que aguardavam pela liberação da autorização poderão retomar os pedidos de ingresso em solo norte-americano e iniciar o próximo ano letivo estrangeiro, em agosto. Em Porto Alegre, o agendamento para vistos de estudantes no Consulado Geral dos EUA foi aberto nesta sexta-feira (30), com primeiros atendimentos para 12 de maio. A medida resultou de uma ampla negociação liderada pelo Itamaraty e por parlamentares brasileiros acionados por um grupo de estudantes que, representado pela Associação de Estudantes Brasileiros no Exterior (Brasa), reuniu em menos de uma semana assinatura de mais de 1,1 mil brasileiros que aguardavam pela liberação de vistos para iniciarem ou retomarem as aulas nos EUA. A ampliação da NIE foi assinada na segunda-feira (26) pelo secretário de Estado norteamericano, Antony Blinken, e, além de autorizar a possibilidade de viagem ao país, permitirá aos cidadãos brasileiros com visto de estudante válido iniciarem os estudos a partir de 1º de agosto, sem necessidade de consulta à embaixada ou aos consulados no Brasil. A medida também benecia jornalistas e viajantes da China, Irã, África do Sul, Reino Unido, Irlanda e das nações signatárias do Tratado de Schengen na Europa. O ingresso em terra americana, no entanto, não poderá ocorrer antes de 30 dias do início das aulas. As entrevistas para quem necessita de visto serão retomadas já em meados de maio. Por conta da pandemia, os viajantes internacionais são obrigados a realizarem teste viral três dias antes do embarque e a fornecerem documentação por escrito do resultado de exame à companhia aérea. Desde o ano passado, os EUA restringiram a entrada de brasileiros para evitar a disseminação da Covid-19. E, segundo a Embaixada americana, a pandemia continua a limitar o número de vistos e as NIE. Em Porto Alegre, o Consulado Geral dos EUA informa que estão abertos os agendamentos para vistos de estudantes nas categorias F ou M, para atender àqueles que se aplicam ao critério de exceção, com aulas que iniciam após 01 de agosto. Os estudantes que se enquadram nesse grupo podem acessar diretamente o site (https://ais.usvisa-info.com/pt-br/niv/) para solicitação de vistos e entrevistas ou remarcar o agendamento feito anteriormente.
Em Porto Alegre, o Consulado Geral dos EUA informa que estão abertos os agendamentos para vistos de estudantes nas categorias F ou M, para atender àqueles que se aplicam ao critério de exceção, com aulas que iniciam após 01 de agosto. Os estudantes que se enquadram nesse grupo podem acessar diretamente o site (https://ais.usvisa-info.com/pt-br/niv/) para solicitação de vistos e entrevistas ou remarcar o agendamento feito anteriormente. CEO da Brasa, que integra mais de 9 mil estudantes brasileiros em cerca de 90 universidades estrangeiras, Rafael Monteforte analisa que a medida só foi exitosa após a ampla mobilização dos estudantes. "A carta com as assinaturas enviada ao Itamaraty trouxe um resultado muito eciente e rápido, não só para o Brasil, mas para outros em situação semelhante. O nosso caso era considerado crítico pela situação dos consulados e pela grande demanda de pessoas sem visto. Estamos otimistas de que todos os estudantes que precisam tirar o visto antes do próximo ano letivo vão conseguir fazê-lo e entrar diretamente nos EUA a tempo", destaca. Ele conta que em função do fechamento das fronteiras para o Brasil, muitos estudantes brasileiros recorreram à entrada por outros países como México, Chile e Equador ao longo de 2020, onde cumpriram quarentena de 14 dias antes de conseguir embarcar para os EUA. O recurso, além de economicamente inviável a todos, também trouxe risco aos brasileiros que tiveram de circular por outros destinos em meio à pandemia. "Durante todo o ano letivo de 2020 essa foi a forma de estudantes brasileiros conseguirem chegar aos EUA", comenta. Segundo ele, antes da liberação da NIE, a situação de muitos estudantes era preocupante, com alguns tendo de trancar os cursos em função do impedimento de viajar, cando sem alternativas na prática. O problema foi ainda agravado após o avanço da vacinação contra a Covid-19 nos EUA, que fez com que o país liberasse as universidades para as aulas em modelo presencial, o que exige que os estrangeiros estejam nos campi. Nesse meio tempo, muitos brasileiros conseguiram manter as aulas online, até do Brasil, mas a situação piorou esse ano porque os consulados se mantiveram fechados, e todo o pessoal cou aguardando sem visto e impossibilitado de viajar. Agora, comemoramos que a carta com as nossas assinaturas, que pedia priorização dos estudantes brasileiros na obtenção dos vistos e abertura das fronteiras, teve os pedidos acatacados", completa.
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